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sábado, 17 de abril de 2010

ALGUMAS LEMBRANÇAS E EXPERIÊNCIAS DE UM TUPINIQUIM CEARENCE...

...QUE SÓ QUER SER FELIZ NO NÃO TÃO MARAVILHOSO, MAS MESMO ASSIM ADORÁVEL UNIVERSO EVANGÉLICO! - TERCEIRO CAPÍTULO

Parece que foi numa tirinha do Snoopy que li a frase “Adoro a humanidade, só não gosto dos humanos!”. Mas tenho certeza que a próxima frase é do Ghandi: “De fato, não há nada de errado no cristianismo. O problema são vocês, cristãos.”
Amo os crentes, tenho muito medo do que alguns deles são capazes de fazer! – esta é minha.
Muita gente está fora das igrejas por causa da falta de sensatez e compaixão de alguns “irmãos”. Arrisco em dizer que muita gente não pisa em igrejas evangélicas hoje em dia por terem sido feridas, humilhadas por palavras ou atitudes que as expulsaram do meio.
Crentes ciumentos, maldizentes, vingativos, fofoqueiros e grosseiros são o que não faltam em nossas igrejas. Isso causa um tremendo mal estar principalmente para quem está chegando. Mas nem mesmo as pessoas mais experientes na fé resistem às peripécias (entenda-se contendas, litígios e outras coisas não menos assustadoras) que acontecem freqüentemente em muitas de nossas incomuns comunidades.
Para ser justo, sei que isso não fica só na esfera dos crentes comuns, medianos. Há também muitos pastores, obreiros e demais líderes extremamente grosseiros no trato com as pessoas, que gostam de ofender, de tirar proveito de suas posições para humilhar os outros, de tripudiar sobre aqueles de quem não gostam, de dissimular quando achar necessário, etc.

A primeira, das muitas experiências decepcionantes de ser tratado de maneira hostil por algumas pessoas na igreja se deu quando ainda era um infante na fé, não tinha nem um ano de conversão. A brutalidade empregada para me humilhar no episódio que vou relatar deixou-me tão escandalizado e amedrontado, que naquele dia decidi nunca mais entrar em uma igreja – a decisão foi algo repentino e passageiro. Claro que isto não se cumpriu, continuei a congregar normalmente após o acontecido, embora tenham restado algumas cicatrizes. Entretanto, já faz mais de vinte anos, mas lembro-me nitidamente da maneira como alguns rapazes que compunham o grupo de jovens me atraíram até um compartimento próximo ao púlpito da igreja, e durante alguns minutos proferiram acusações, ameaças e ofensas pessoais.
O motivo de toda aquela fúria ficou muito claro depois: inveja e ciúmes que traduziam o sentimento de que eu estava “invadindo o território”.
Eles estavam perdendo terreno para um novo convertido que em pouco tempo estava sendo cortejado para ser professor de Escola Dominical e apontado como possível futuro líder deles mesmo. Queriam me intimidar e mostrar que mandavam no pedaço. Diziam que mal tinha chegado já queria ser o bom, o santo, o metido a sabe tudo e blá, blá, blá.
Pra encurtar a estória, pouco tempo depois fui aclamado professor da classe de Escola Domical e eleito líder dos jovens... Ironicamente, o mal que temiam veio sobre eles e tiveram que me engolir com casca e tudo! Por quase cinco anos convivemos numa espécie de guerra velada, embora tivéssemos alguns momentos de trégua.

Assim comecei minha carreira na liderança: combatendo e batendo de frente com irmãos em Cristo – existe algo pior do que lidar com “fogo amigo”?! Não sei até onde estas coisas foram boas ou ruins para a construção do meu caráter cristão, mas foi em meio aos boicotes, fofocas e panelinhas patrocinados por aqueles rapazes, por muitas outras pessoas e eventos não muito diferentes que descobri que até mesmo no meio cristão existem pessoas que podem até nos dar a “Paz do Senhor”, mas não conhecem e nem vivem a paz, também não conhecem e nem vivem para o Senhor, logo, são capazes de fazer de tudo para nos prejudicar, logo, temos que tomar muito cuidado com eles, muito mesmo!

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Seja honesto ao enviar suas histórias, pois muitas chamadas experiências traumáticas são fruto do mal testemunho e da falta de compromisso das próprias pessoas com suas respectivas igrejas ou denominações.

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